Presidente da Frente Parlamentar do Trânsito Seguro, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) lamentou o trágico balanço divulgado pelo Polícia Rodoviária Federal (PRF) de acidentes e mortos nas rodovias federais do país. Segundo a PRF, entre sexta-feira (24) e domingo (26) foram registradas 117 mortes em rodovias federais e 1.884 acidentes com 1361 feridos.
A PRF efetuou ainda a prisão de 173 motoristas que conduziam seus veículos embriagados. Já no Rio Grande do Sul, foram registradas 21 mortes entre o meio-dia de quinta-feira (23) e o meio-dia de ontem, nas rodovias federais, estaduais e vias municipais.
“O ano de 2010 termina como começou: muitas mortes no trânsito. Este ano, um recorde de irresponsabilidade e impunidade com 1600 mortos”, disse Beto Albuquerque ao lamentar que motoristas brasileiros embriagados ainda tenham a opção de não se submeterem ao teste de bafômetro. “Soprar o bafômetro não é uma ofensa e nem fere a liberdade. O que é inaceitável é que motoristas bêbados continuem matando pessoas”, completou.
O presidente da Frente do Trânsito criticou as diferentes interpretações das leis existentes por parte de quem julga. “Infelizmente parece que precisaríamos ter uma lei diferente para cada interpretação dos juízes”. O deputado alertou que para se tornar condutor é preciso se habilitar, que dirigir não é um direito natural e sim uma conquista que se não for bem administrada pode ser revogada. “Quem dirige bêbado, fere e mata pessoas tem que perder o direito de dirigir”, reforçou.
Beto ainda lembrou que o sentimento de impunidade é o principal incentivo para os motoristas que bebem e dirigem. “Muito já foi feito, no entanto, o sentimento de impunidade é imenso. O trânsito não pode ser tratado como tema acessório. Os motoristas sabem que dificilmente serão abordados e é isso que precisa mudar” destacou.
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 5.525/2009, de sua autoria, que cria Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito e fixa metas anuais de redução do número de mortes e lesões no trânsito, além de determinar um percentual, também anual, de fiscalização preventiva. De acordo com o projeto, 30% da frota brasileira deverá ser abordada a cada ano.
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