sábado, janeiro 14, 2012

Cuidado redobrado ao dirigir na chuva

 

O verão já está aí e, com ele, as altas temperaturas que acabam acarretando em muitas e muitas nuvens escuras e carregadas.
Se puder, evite sair do local em que está, principalmente em caso de chuva forte. Em outros casos, você pode até pegar o seu carro, porém, redobrando a atenção, ligando o para-brisa e, principalmente, os faróis. Assim, você fica mais visível para os outros carros, guiando os outros motoristas pelas suas luzes, mantendo uma distância segura e evitando colisões.
Em momento algum, deve-se ligar o pisca-alerta com o carro em movimento. Sua correta utilização é fundamental para sinalizar aos demais motoristas que o seu veículo encontra-se parado por alguma falha ou apenas sinalizando um possível problema na pista. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio do artigo 251, parágrafo 1º, prevê que o pisca-alerta deve ser utilizado somente em imobilizações ou em situações de emergência. Por tanto trafegar com ele em funcionamento constante é um erro.
É muito provável que os vidros do carro embacem e isso acontece pela diferença de temperatura dentro e fora do carro, além do excesso de umidade da chuva. Tenha sempre uma flanela limpa e seca no porta-luvas para passar do lado de dentro do vidro quando isso acontecer. Evite usar as mãos, pois a gordura natural da pele só piora a situação.
Não freie bruscamente e nem faça manobras perigosas, lembre-se de que os outros motoristas que estão ao seu redor também estão com dificuldades de visão. Por isso, ande devagar.
Os pneus ficam bem menos aderentes no asfalto com a pista molhada, que acaba ficando escorregadia com a mistura de óleo, poeira e fuligem. A aquaplanagem é o que acontece quando o carro atravessa uma “lâmina” de água e os pneus perdem o contato com a pista. Para identificar se existe tendência a esse fenômeno, repare, pelo retrovisor, a marca deixada pelos pneus na pista molhada. Se estiver visível, o risco é baixo. Se não estiver tão nítida, cuidado: reduza a velocidade. Sem o controle do carro, o motorista vira um mero passageiro. Nessa situação, não é recomendado frear, acelerar, tampouco virar o volante (mesmo porque não existe tração). Melhor é tirar o pé do acelerador e manter o volante firme e reto. Depois, preste muita atenção, já que os pneus podem recuperar a tração em momentos diferentes e o veículo ser puxado para um dos lados, provocando acidentes. Se o que vai acontecer numa aquaplanagem é loteria, ajudar a prevenir está em suas mãos.
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A Distração é Inimiga da Direção

 

 
A distração é um mal que não escolhe hora e nem lugar pra nos dominar: pode ser em casa, no trabalho e, muitas vezes, no trânsito.
Dirigir enquanto se está distraído é uma arte perigosa e pode resultar em acidentes. Veja alguns motivos que podem fazer com que você deixe de prestar atenção enquanto está dirigindo: conversas ao telefone, empolgação com músicas envolventes, hábitos alimentares, envio de mensagens e acesso a redes sociais e, para algumas mulheres, o hábito de se maquiar ao volante.
Estudos feitos pela National Highway Traffic Safety Administration mostram que a condução distraída é a principal causa de acidentes nos Estados Unidos. Essas distrações podem ser classificadas em três categorias: manual (quando as mãos do condutor não estão no volante), visual (quando os seus olhos estão fora da estrada, observando o painel do carro, por exemplo) e cognitiva (quando a cabeça do motorista está no “mundo da lua”).
De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,3 milhões de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito. Já no Brasil, foi constatado, que em 2010, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 185 milhões no atendimento às vítimas.
O celular é, sem dúvida, a maior causa de distração no trânsito. Entre os motoristas que enfrentaram alguma situação de risco enquanto dirigiam, 23% disseram que falavam ao celular ou tentavam atender o aparelho – contra 19% por distração externa, 12% ao tentar mexer no aparelho de som, 8% ao conversar, 5% por buscar objetos na bolsa e outros 5% por dirigir alcoolizado.
Além dos riscos de sofrer um acidente, dirigir falando ao celular é considerado uma infração de trânsito média, sujeita a multa.

O que são e como funcionam os radares de trânsito

 

 

Os radares de trânsito (ou “pardais” dependendo da região do Brasil), que, na verdade não são radares, mas sim sensores instalados nas pistas que trabalham em conjunto com uma câmera digital e um flash. E que são considerados “vilões” por muita gente que acaba sendo surpreendida com multas por infração.

Como funciona?
A bobina dupla é instalada sob o asfalto e detecta a presença dos carros. A distância entre elas, dividida pelo tempo de passagem do veículo, aponta a velocidade final de cada carro que cruza aquele trecho.  Se a velocidade for superior à permitida na rua (que já está previamente armazenada na memória do aparelho), uma foto da placa do carro é tirada e enviada automaticamente para o Detran, que tomará as devidas providências para localizar e penalizar o motorista infrator.
Em São Paulo, por exemplo, a Polícia Rodoviária Estadual está com planos para este verão: serão utilizados radares fixos, móveis e também em tablets conectados à internet, que vigiarão as rodovias fiscalizando, em tempo real, se a documentação do carro está em dia, tendo a placa do veículo como base. Além de radares, a Polícia Rodoviária pretende usar bafômetros nas saídas da capital.
E você, está em dia com a documentação do seu carro? Se não estiver, procure o Departamento de Trânsito mais próximo para se regularizar. Se for viajar para o réveillon, não ultrapasse o limite de velocidade para não se colocar em risco e não ser surpreendido pelos radares. Seja gentil nas estradas: zele pela sua segurança e a dos outros também!

Se for de bicicleta, vá com segurança!

 

Não é mais novidade para ninguém que andar de bicicleta faz bem à saúde. Mas, como se locomover sobre duas rodas no trânsito de uma cidade grande com segurança?
O segredo é estar sempre visível para os motoristas, apontam especialistas. O uso de roupas coloridas e adesivos refletivos na bicicleta e no capacete já é um diferencial.
Os carros se comunicam por meio de luzes, mas, ao conduzir uma bicicleta, os sinais precisam vir do seu corpo. Use seus braços para sinalizar uma curva ou informar um possível problema. É obrigação sua mostrar para o motorista de trás o que você pretende fazer. Seja defensivo sempre!
Andar no mesmo sentido dos carros e prestar atenção a todos que estão ao seu redor são regras básicas. Evite falar ao celular ou usar aparelhos sonoros.
Esteja sempre com a paciência preparada para ouvir reclamações e exclamações mal educadas de motoristas. Infelizmente, ainda não é todo mundo que respeita a bicicleta como um veículo que tem direito de transitar livremente.
Aja com prudência e, se necessário, converse com outros ciclistas ou motoristas que estão compartilhando a pista. Não se esqueça de verificar as condições da sua bike antes de cair para o asfalto.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Artigo: O outro lado da balada segura

Cristiano Manoel Ribeiro Machado*

Não resta dúvida sobre a importância da iniciativa das autoridades a fim de diminuir a grande violência no trânsito. É inadmissível que motoristas transitem embriagados em nossas ruas, colocando em perigo a sua própria vida, bem como de outros condutores, passageiros e pedestres.
Feitas essas considerações quanto ao aspecto positivo dessa operação, cabe destacar alguns aspectos equivocados nesse procedimento idealizado por nossas autoridades de trânsito.
Inicialmente, não se entendem os motivos pelos quais todos os condutores serão submetidos à realização do bafômetro? Se o condutor autuado não apresenta sintomas de embriaguez, por que motivo seria obrigatória a realização do bafômetro?
O fator mais importante para caracterização da embriaguez é o aspecto físico do condutor. Não havendo dúvidas sobre a normalidade de seu estado físico, não se justifica a realização de qualquer meio de prova previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Outro ponto a ser criticado é a presunção de culpa daquele condutor que se nega à realização do bafômetro. Não se pretende aqui manifestar a tese de que ninguém está obrigado a fazer prova contra si. O que se pretende é que os órgãos de trânsito permitam ao cidadão abordado a sua submissão a outros tipos de testes de alcoolemia. Por que motivo o condutor não poderia demonstrar a sua aptidão para dirigir através de perícia? Por que motivo o condutor não poderia demonstrar a sua aptidão para dirigir através de exames clínicos?
Se o Código de Trânsito Brasileiro elenca os meios de provas para verificação do estado do condutor, por que motivo a negativa de realização do bafômetro implicaria presunção de culpa?
Poderia se admitir a presunção de culpa para aquele condutor que se negasse a produção de todos os meios de provas elencados pelo CTB.
A operação balada segura é relevante e merece nossos elogios. Contudo, é necessário que alguns procedimentos dessa operação sejam revistos, sob pena de termos uma enxurrada de ações judiciais movidas por flagrante violação ao que é previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro, bem como pela Constituição Federal.

*Advogado