sexta-feira, fevereiro 15, 2013

CALENDÁRIO DE LICENCIAMENTO PARA VEÍCULOS, EXERCÍCIO 2013


         Neste período você, caro leitor ou leitora, deve estar se perguntado sobre o prazo para licenciamento de veículos para exercício 2013, estou certo? 

         Bem, então para amainar sua dúvida, abaixo está a tabela com os prazos. Moleza, né?
         É importante lembrar que os prazos, na tabela abaixo, estabelecidos pela Portaria 603/2012-Detran/RS, rege o prazo de licenciamento para os veículos registrados no RS. 
        Para os veículos registrados fora do RS e que estejam transitando em vias públicas do RS, deverão ser observados os prazos estabelecidos na Resolução nº 110/2000 do Contran, disponível no site:www.denatran.gov.br/resolucoes.htm 

      

Adicionar legenda

       Transitar com o veículo estando vencido o licenciamento, é infração gravíssima, prevista no Artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/97), estando sujeito a multa de R$ 191,53, 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e remoção do veículo a depósito.

O repórter e o acidente


Mãe!

Fui a uma festa, e me lembrei do que você me disse.
Você me pediu que eu não tomasse álcool,mãe...

Então, ao invés disso, tomei uma 'Sprite'.

Senti orgulho de mim mesma, e do modo como você disse que eu me sentiria e que não deveria beber e dirigir.

Ao contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e teu conselho foi correto.

E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a dirigir sem condições...

Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz ..

Eu nunca poderia imaginar o que estava me aguardando, mãe...

Algo que eu não poderia esperar ....

Agora estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer:

O rapaz que causou este acidente estava bêbado'...

Mãe; sua voz parecia tão distante...

Meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou tentando com todas as minhas forças, não chorar...

Posso ouvir os para-médicos dizerem:

- 'A garota vai morrer' .

Tenho certeza de que o garoto não tinha a menor idéia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer..

Então por que as pessoas fazem isso, mãe?

Sabendo que isto vai arruinar vidas ?

E agora a dor está me cortando como uma centena de facas afiadas...

Diga a minha irmã para não ficar assustada, mãe!

Diga ao Papai que ele seja forte. E quando eu for para o céu, escreva 'Garotinha do Papai' na minha sepultura.

Alguém deveria ter dito aquele garoto que é errado beber e dirigir.

Talvez, se seus pais tivessem dito, eu ainda estaria com
possibilidades de continuar viva.

Minha respiração está ficando mais fraca, mãe, e estou realmente ficando com medo...

Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada ..!

Eu gostaria que você pudesse me abraçar, mãe... enquanto estou 
estirada aqui, morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe.!


Então.... Te amo e adeus...!'

Essas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter, anotando...

terça-feira, fevereiro 12, 2013

Se beber, não dirija (mesmo)!


KAMILA ALMEIDA

Foi-se a época de tolerância à combinação álcool e volante. Agora é assim: bebeu e foi parado em blitz, a punição é certa. É com essa orientação que os agentes de trânsito trabalham após o recrudescimento da Lei Seca. Na nova era da caça aos maus motorista, em que qualquer teor de álcool é passível de multa pesada, nada melhor do que o Carnaval – o mais festivo dos feriados – para testar se o brasileiro assimilou de vez as recentes e rígidas regras.

Não importa se você comeu um bombom de licor, tomou remédios homeopáticos ou fez gargarejo com enxaguatório bucal. Ao cair na barreira, imediatamente após o consumo desses produtos, o condutor não passará impune ao bafômetro. Trata-se de um golpe – ou quem sabe, um alerta – para aqueles que ainda se agarravam à ideia de que dois chopes passariam em branco no bafômetro.

Para dirimir dúvidas, ZH convidou um grupo de alunos do Centro de Formação de Condutores (CFC) Porto Alegre, da Capital, para realizar um teste na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Acostumados com a flexibilidade da lei anterior, os voluntários ficaram surpresos com os resultados. 

Veja o caso de Emiliana Ricardo, 20 anos. Com uma latinha de cerveja de 350 ml, o 0,11 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões apontado no equipamento a deixaria livre. Agora, teria sido multada em R$ 1.915,40. Tentar sensibilizar o agente não vai reverter o quadro, afirma o chefe de Operações Especiais da EPTC, Marcelo Cunha da Silva: – Não trabalhamos com o bom senso. Trabalhamos com a lei.

A tolerância zero na fiscalização preocupa os motoristas.
– É um assunto muito presente na autoescola e nas rodas de amigos. Se for dirigir, não dá para beber nada. Temos medo da blitz – diz Emiliana.

Ao analisar, você poderá se surpreender com o fato de um jovem ter tomado uma lata inteira de cerveja, e o bafômetro ter acusado zero de álcool. Diferentes fatores podem explicar o resultado, como a massa corporal do indivíduo, o sexo, a idade (quanto mais velho, mais devagar é o metabolismo, o que retarda a eliminação do álcool do organismo) e até a temperatura.

São tantas as variáveis que, se os voluntários tomassem a mesma bebida em outras circunstâncias, poderiam apresentar resultados diferentes. Em geral, qualquer gota de álcool é detectada pelo bafômetro. É o caso dos aparentemente inofensivos bombons de licor. Como a legislação prevê a possibilidade de contraprova, nesses casos o recomendado é aguardar pelo menos 15 minutos e repetir o teste.

Há dúvida também em relação ao tempo que as pessoas levam para, depois do consumo de bebidas, voltar a dirigir sem se preocupar com o bafômetro. A resposta varia para cada pessoa, mas as autoridades de trânsito acreditam que cerca de oito horas de intervalo são suficientes. Mas o melhor é seguir o título desta reportagem: se beber, não dirija. Mesmo!



A mudança

A partir da publicação da resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), na semana passada, ficou estabelecida tolerância zero ao álcool. É admitido até 0,04 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, considerando a margem de erro do bafômetro.

Como ficou

A nova resolução complementa a Lei Seca, reformulada no final do ano passado e que já previa medidas mais duras, como o aumento da multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40.

Para os casos de reincidência, o valor passa para R$ 3.830,80.

Na hipótese de o motorista se negar a fazer o teste do bafômetro, o agente de fiscalização poderá aplicar a autuação administrativa e atestar a embriaguez do condutor. Nesse caso, o condutor também poderá ser encaminhado à delegacia.

Um questionário preenchido pelo agente ou policial relata informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outras características.

domingo, fevereiro 10, 2013

MODELO ARGENTINO CONTRA DESMANCHE ILEGAL


ZERO HORA

COMBATE AOS DESMANCHES

Lições argentinas contra o crime

Detran deve adotar estratégia do país vizinho, que regulou

mercado de peças e reduziu os furtos e os roubos de 

veículos


 - MARCELO GONZATTO


O Estado deverá assinar um termo de cooperação técnica com o governo argentino para unir forças 
no combate aos desmanches de veículos e às quadrilhas que os abastecem com carros roubados. 
Esse acordo deverá formalizar a troca de experiências que já teve início, este mês, com a visita de 
uma comitiva do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ao país vizinho.

Entre as lições que os gaúchos trouxeram da viagem está a necessidade de criar uma política mais 
abrangente contra o mercado ilegal de peças, que envolva diferentes órgãos públicos e não se resuma
à regularização dos desmanches – processo que se encontra em andamento no Estado.

A visita de três dias serviu para o diretor-presidente do Detran, Alessandro Barcellos, e técnicos 
conhecerem o sistema argentino que regulou o mercado de peças usadas e, em um primeiro 
momento, reduziu em mais de 40% a quantidade de furtos e roubos de veículos no país. 
Como consequência, ainda barateou o valor dos seguros de automóveis. O impacto foi maior nos 
primeiros anos após o cadastramento dos chamados “desarmaderos” de automóveis. Há pouco mais
de um ano, há sinais de que a fiscalização vem perdendo fôlego (veja entrevista).

A comitiva do Detran trouxe na bagagem um calhamaço com toda a legislação argentina referente ao 
controle de peças e a ideia de ampliar a frente de ataque aos comerciantes de peças provenientes do
 crime.

– Vimos que eles têm uma abordagem que vai além de apenas cadastrar desmanches. Há uma 
política mais abrangente, que envolve desde a garantia de reposição de peças pela indústria até a 
oferta de alternativas de trabalho para quem atuava na informalidade – revela Barcellos.

As observações poderão se transformar em novas medidas no Estado – além do cadastramento das 
autopeças. Em linhas gerais, a intenção é promover uma integração maior entre diferentes secretarias
e órgãos a fim de combater o crime organizado. Também deverão ser analisadas iniciativas como a 
implementação de ações sociais a fim de evitar o florescimento de um mercado ilegal. A intenção da 
diretoria do Detran é formalizar a parceria com as autoridades argentinas nas próximas semanas, 
mediante a assinatura de um termo de cooperação.

– A partir disso, deveremos fazer visitas mais operacionais, inclusive aos centros de desmanches 
deles – observa o diretor-presidente do Detran.


ENTREVISTA- “Caíram os roubos de carro”

Fabián Pons - Gerente-geral 

do Centro de Experimentación y Seguridad Vial 

(Cesvi) da Argentina


O gerente-geral do Cesvi Argentina, Fabián Pons, responsável pela empresa que se dedica a 
investigar medidas para ampliar a segurança viária e urbana envolvendo automóveis, afirma que o 
credenciamento dos desmanches teve impacto significativo no país vizinho, mas traz um alerta: 
o afrouxamento na fiscalização está colocando em risco os bons resultados. 
Confira entrevista concedida por telefone desde Buenos Aires:

Zero Hora – Qual foi o impacto da regularização dos desmanches?

Fabián Pons –
 Em princípio, houve uma queda significativa nos roubos de carro. Esse sistema de
controle foi muito importante, principalmente na Capital Federal e na Grande Buenos Aires. 
Depois, começou a se estender um pouco para o interior do país. No começo, reduziu-se o roubo 
de carros praticamente à metade.

ZH – Como está a situação hoje?

Pons –
 Já faz um ano, um ano e meio que não está funcionando o controle (sobre os desmanches),
por meio da Direção Nacional de Fiscalizações. Então, isso gera uma tendência a que voltem a 
surgir os desmanches ilegais.

ZH – Quem deve fiscalizar?

Pons –
 Quem fiscaliza é o Ministério da Justiça, com agentes que vão aos locais acompanhados 
de agentes de polícia.

ZH – Por que a fiscalização diminuiu?

Pons –
 É o mesmo que nos perguntamos, é uma
decisão política.